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Semiótica Social: Leitura da Cidade

A Semiótica Social foi desenvolvida por Hodge e Kress em 1988 e tem como objeto de estudo a comunicação e a semiose humana, isto é, o processo de produção de sentido. A Semiótica Social é uma abordagem que investiga diversas características inerentes ao processo de construção de sentido, como o modo de comunicação (fala, escrita, imagem e outros) e os recursos semióticos (gestos, tom de voz, cores, texturas, tamanhos, entre outros) presentes no texto. A partir dos estudos da Semiótica Social os teóricos Kress e Leeuwen desenvolveram a Gramática do Design Visual ( Reading Images: the Grammar of the Visual Design , 2006) em que discorrem sobre as bases para uma análise de imagens. A proposta desta atividade é utilizar os conceitos da Gramática do Design Visual e analisar um anúncio publicitário encontrado em um ponto de ônibus da cidade de São Paulo. O anúncio selecionado para análise é uma anúncio da prefeitura de São Paulo referente ao combate à dengue. Na propaganda encontra-se n...
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Semiótica da Cultura: movimentos culturais de rua

A cidade de São Paulo como grande centro urbano abriga vários tipos de culturas, e como a cidade mais cosmopolita do Brasil é comum percebermos o dinamismo da "Paulicéia d e svairada", com seus vários rostos, idades e sons; e pensando nessa última categoria há um movimento cada vez mais em ascensão que vem ganhando as ruas de São Paulo que são as batalhas de rima.   Engana -se quem pensa que esse movimento tem sua gênese nos dias atuais, pois as batalhas de rima surgiram em meados dos anos 70 em Nova York, no Bronx, quase que juntamente ao nascimento do Rap, usando um elemento que se tornou comum nesse meio, o " Diss ".   " Diss " é o ato de um rapper atacar outro rapper, por intermédio de letras rimadas, e esse fator agregado ao Freestyle gerou as batalhas de rima.   Tudo isso chegou na terra  brasilis  nos anos 90, quando muitos jovens periféricos compraram a id e ia do Hip Hop, já que o mesmo referenciava e dava voz a jovens negros, de bairros pobr...

Semiótica Discursiva: Leitura da Cidade

A professora Ana Lúcia pediu como segunda parte da APS de Semiótica uma leitura da cidade de São Paulo a partir do nível fundamental da Semiótica Discursiva. A Semiótica Discursiva inicialmente recebeu o nome de Semântica Estrutural por seu fundador Algirdas Julien Greimas. Pode-se nomeá-la também Semiótica Greimasiana, em homenagem ao fundador dessa vertente, ou Semiótica Francesa, por seus estudos terem origem na França. Tem como objeto de estudo o sentido, a partir do conceito de Hjelmslev de que o sentido se dá pelo encontro dos níveis expressão/conteúdo. O plano de expressão é a forma como se diz, enquanto o plano do conteúdo é o que é dito. Visto que o sentido é encontrado no plano do conteúdo, é este o que mais interessa aos estudos da Semiótica Discursiva. No entanto, não se ignora o plano de expressão, já que este pode influenciar no plano de conteúdo. A Semiótica Greimasiana descreve o percurso gerativo de sentido, ou seja, como o sentido é construído no texto, a partir ...

Semiótica: Leitura Sensorial da Cidade

Antes de expor uma leitura sensorial da cidade, é necessário explicar os conceitos básicos da Semiótica. A Semiótica é uma ciência que estuda a linguagem e se difere da Linguística por sua definição de  o que é texto . Ambas as ciências definem como linguagem todo sistema capaz de expressar ideias ou sentimentos, sejam estes sistemas verbais ou não. No entanto, para a Linguística texto é criado apenas de forma verbal (mesmo que a interpretação necessite de informações extratextuais, o texto é o verbal). Enquanto para a Semiótica o texto pode ser constituído de qualquer forma de linguagem, verbal ou não. Para a Semiótica, não apenas um romance, uma crônica, uma conversa ou outros textos verbais são considerados textos, mas também pinturas, dança, música e até mesmo a cidade podem ser considerados textos. A Semiótica de Peirce trabalha com a ideia de tríade e tem base na Filosofia Fenomenológica. Peirce estudou como constituímos o conhecimento e descreveu três fases: Primeiridad...

Plano de Aula

Como pedido pela orientadora da APS desse semestre, a professora Lígia Menna, há aqui um plano de aula relacionado ao tema do blog como última postagem do blog. Para que o aluno possua uma melhor assimilação do conteúdo, o professor precisa procurar formas de tornar a aula e o conteúdo interessantes para o aluno. Há diversas formas de fazer isso, como, por exemplo, procurar formas de trazer o conteúdo para a realidade do aluno, aproximar de seu contexto social. Textos antigos e de outras realidades sociais parecem muito distantes, o que, muitas vezes torna a aula cansativa e desinteressa o aluno. Aqui há a tentativa de aproximar o aluno da literatura através de uma aula que fale sobre uma autora que esteja viva. As aulas de literatura são sempre voltadas para o canônico e, numa tentativa de sair do mesmo caminho de sempre, faz-se uma aula que mostra que a literatura não está morta, mas que continua se transformando. Este plano de aula foi criado com a intenção de se aplicar uma ...

Análise de "Mariana e Chamilly" de Adília Lopes

Mariana e Chamilly Quando partires se partires terei saudades e quado ficares se ficares terei saudades Terei sempre saudades e gosto assim Adília Lopes, in 'Caderno'. O poema foi publicado no livro Caderno , de 2007, e possui intertextualidade com outras obras da própria Adília Lopes, como O Marquês de Chamilly (1987) e O Regresso de Chamilly (2000), que apresentam o mesmo marquês do título, e com a obra As Cartas Portuguesas  (1669). As Cartas Portuguesas  é um livro que inicialmente foi publicado em francês e possui cinco cartas de amor escritas por uma freira, Soror Mariana Alcoforado, para seu amado, o marquês de Chamilly. As cartas mostram um grande amor por parte de Mariana que sofre com a distância do amado, no decorrer das cartas, o tom de esperança vai se perdendo e ela pede por respostas maiores e mais afetuosas do marquês que não a correspondia igualmente. O poema de Adília apresenta no título as mesmas personagens de  As ...

Adília Lopes

Adília Lopes foi o pseudônimo adotado pela poetisa de nome Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, nascida em Lisboa, Portugal.  Além de escrever poesias, Adilia ocupou-se também em escrever crônicas e traduzir; dentre suas maiores influências estão nomes como Nuno Bragança, Emily Brontë e outra poetisa portuguesa, Sofia de Mello Breyner. Adília deixou os estudos enquanto cursava licenciatura em Física na Universidade de Lisboa, devido a conselhos médicos que a alertaram sobre seu quadro de psicose esquizoafetiva, uma doença que implica em sintomas de esquizofrenia e variação de humor. Nesse mesmo período ela começa a escrever obras com o propósito de publica-las. Seu pseudônimo surge em 1983, quando um amigo a sugeriu o nome afim de que concorresse a um prêmio de prosa e ficasse conhecida. Em 1983 a autora regressa a Universidade de Lisboa, mas dessa vez cursando Linguística Portuguesa e Francesa, na faculdade de Letras; concomitantemente a essa momento, ela pú...