A professora Ana Lúcia pediu como segunda parte da APS de Semiótica uma leitura da cidade de São Paulo a partir do nível fundamental da Semiótica Discursiva.
A Semiótica Discursiva inicialmente recebeu o nome de Semântica Estrutural por seu fundador Algirdas Julien Greimas. Pode-se nomeá-la também Semiótica Greimasiana, em homenagem ao fundador dessa vertente, ou Semiótica Francesa, por seus estudos terem origem na França. Tem como objeto de estudo o sentido, a partir do conceito de Hjelmslev de que o sentido se dá pelo encontro dos níveis expressão/conteúdo. O plano de expressão é a forma como se diz, enquanto o plano do conteúdo é o que é dito. Visto que o sentido é encontrado no plano do conteúdo, é este o que mais interessa aos estudos da Semiótica Discursiva. No entanto, não se ignora o plano de expressão, já que este pode influenciar no plano de conteúdo.
A Semiótica Greimasiana descreve o percurso gerativo de sentido, ou seja, como o sentido é construído no texto, a partir de três níveis sucessivos: nível fundamental, nível narrativo e nível discursivo. O nível fundamental, nível mais simples e abstrato, que trata das relações de oposições explícitas e implícitas ao texto. O nível narrativo aborda as relações dos sujeitos e dos objetos e a busca de valores. O nível discursivo é o patamar mais superficial e concreto. Aqui vamos nos ater ao nível fundamental que é o patamar inicial do processo de geração de sentido.
Ao olhar a cidade em busca de oposições passíveis de análise, é possível encontrar inúmeras, afinal, tudo tem sua oposição. A enorme quantidade de oposições presentes na cidade dificulta a seleção de uma. Com muita dificuldade escolhi as categorias semânticas urbano x natureza. A escolha deve-se a seguinte imagem:
Essa imagem foi tirada chegando a São Paulo e mostra como a área urbana representa uma quantidade maior do que a área preenchida por árvores, corroborando com a descrição que a cidade recebe frequentemente por moradores de outras cidades do país: selva de pedra.
Segundo o site Rede Social de Cidades, em 2017 (dados mais recentes apresentados pelo site) a cidade de São Paulo possuía 194.138.890 m² de área verde, e aproximadamente 16,7 m² de área verde por habitante, quantidade maior de área verde por habitante do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, essa estatística muda se for feita por regiões da cidade porque aqui não expressa a concentração de áreas verdes em determinadas áreas da cidade.
Um exemplo desse descompasso é o fato de a região de Parelheiros ter 502 m² de área verde por habitante, enquanto na Cidade Ademar há apenas 0,72 m² por pessoa. Segundo o site 32xSP, apenas 10 das 32 prefeituras regionais da cidade alcançam o índice adequado, sendo sua maioria localizada nos extremos sul e norte da cidade. Outro fato surpreendente, afirmado pelo site do parque do Ibirapuera, é que o distrito de Vila Mariana, onde o parque do Ibirapuera é localizado, é um dos distritos com menor cobertura vegetal.
Sem mais delongas, mostra-se a seguir o quadro semiótico referente a oposição urbano x natureza:
Um exemplo desse descompasso é o fato de a região de Parelheiros ter 502 m² de área verde por habitante, enquanto na Cidade Ademar há apenas 0,72 m² por pessoa. Segundo o site 32xSP, apenas 10 das 32 prefeituras regionais da cidade alcançam o índice adequado, sendo sua maioria localizada nos extremos sul e norte da cidade. Outro fato surpreendente, afirmado pelo site do parque do Ibirapuera, é que o distrito de Vila Mariana, onde o parque do Ibirapuera é localizado, é um dos distritos com menor cobertura vegetal.
Sem mais delongas, mostra-se a seguir o quadro semiótico referente a oposição urbano x natureza:
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