Café com Leite, Update!

  O signo linguístico é, segundo Saussure, a união do sentido e da imagem acústica a partir de uma relação arbitrária. Tais fazes de um signo linguístico são o significado e o significante.   O significado do signo linguístico constitui-se do sentido, ou seja, o conceito, a ideia que compõe o signo. Por isso, o significado é considerado o plano das ideias.   O significante é a imagem acústica do signo linguístico, considerado o plano da expressão. A imagem acústica não é apenas o som da palavra, do signo em questão, mas a impressão psíquica desse som.   O signo linguístico não existem uma das faces da dicotomia, assim como uma face não existe sem a outra. O significado e o significante estão intimamente ligados e um precisa do outro. - Texto por Letícia Silva.

  Paradigma e sintagma correspondem a mais uma dicotomia linguística de Saussure e se refere às relações de seleção e combinação entre os elementos linguísticos.   O Paradigma, ou eixo paradigmático, corresponde às possibilidades, ou seja, é o grupo de signos linguísticos que podem ser escolhidos pelo falante. A quantidade e a variedade de signos disponíveis para escolha são individuais, dependem do conhecimentos linguístico de cada um.   O Sintagma corresponde à combinação dos elementos linguísticos. Isto é, quando os signos saem do eixo das possibilidades para a formação de frases e expressão de ideias.   O eixo paradigmático apresenta inúmeras possibilidades, enquanto o eixo sintagmático combina e concretiza algumas possibilidades em forma de texto. - Texto por Letícia Silva.

Uma das dicotomias saussureanas é a Langue (língua) e a Parole (fala) e consiste na diferenciação das duas e em como uma afeta a outra. A língua tem caráter social, representa um sistema léxico, lógico e gramatical que existe na consciência  das pessoas que falam a mesma língua. Assim, a língua não depende do indivíduo que a fala. A fala tem caráter individual, ou seja, é a forma que o indivíduo expressa suas ideias a partir da língua. Com o decorrer do tempo, a língua sofre modificações e tais modificações têm origem na fala. Isto é, a parole modifica a langue. No entanto, para a modificação do sistema da língua, é necessário que um grupo de indivíduos utilize as inovações linguísticas. A modificação da língua, mesmo surgindo da fala, que representa a individualidade, necessita do social, ou seja, um grupo de falantes. A dicotomia Langue e Parole é uma grande inovação do Estruturalismo de Saussure, porque é o início da consideração da fala e sua individualidade no estudo da l...

A Linguística é a ciência que estuda a língua e é comum ouvir que Saussure é o pai dessa ciência. Essa afirmação baseia-se no fato de que Saussure foi responsável por sistematizar os estudos da linguagem em sua obra que foi postumamente publicada "Curso de Linguística Geral". E é a partir dos estudos de Saussure que a Linguística passa a ser considerada ciência. No entanto, o interesse em estudar a linguagem muito mais antigo. A obra de Ferdinand de Saussure separa a Linguística em três fase antes de reconhecer o verdadeiro e único objeto: a Gramática, a Filologia e a Gramática Comparada. A Gramática é uma visão bem antiga do estudo da língua. Por volta do século IV a.C., os gramáticos hindus, depois de estudarem a linguagem a fim de preservar textos sagrados, dedicaram-se a descrever minuciosamente sua língua,  através de modelos de análise que só foram descobertos pelo Ocidente no final do século XVIII. Para Saussure, a gramática é uma disciplina normativa base...

Olá meus queridos, prontos para uma xícara de café com leite quentinha, para um novo update?! O tema de hoje é linguística - Parte I Quando falamos em linguística é impossível não pensar em Saussure. Colocarei uma pequena pesquisa para explicar quem foi esse grande linguista e filósofo: ”Ferdinand de Saussure (1857 - 1913) foi um linguista e filósofo suíço, cujas elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística enquanto ciência autônoma. Seu pensamento exerceu grande influência sobre o campo da teoria da literatura e dos estudos culturais. Saussure entendia a linguística como um ramo da ciência mais geral dos signos, que ele propôs fosse chamada de Semiologia. Graças aos seus estudos e ao trabalho de Leonard Bloomfield, a linguística adquiriu autonomia, objeto e método próprios. Seus conceitos serviram de base para o desenvolvimento do estruturalismo no século XX.” Na verdade, este conteúdo visa desconstruir as ideias do linguista,...

A língua portuguesa encontra-se em constante alteração, evolução e atualização, não sendo um sistema estático e fechado. O uso faz a regra e os falantes usam a língua de modo a suprir suas necessidades comunicativas, adaptando-a conforme suas intenções e necessidades. Sendo uma sociedade complexa, formada por diferentes grupos sociais, com diferentes hábitos linguísticos e diferentes graus de escolarização, ocorrem variações na língua, principalmente de caráter local, temporal e social. Nem todas as variações linguísticas usufruem do mesmo prestígio, sendo algumas consideradas menos cultas. Contudo, todas as variações devem ser encaradas como fator de enriquecimento e cultura e não como erros ou desvios. Variações São as variações que se dão em função do contexto comunicativo, isto é, a ocasião determina o modo como falaremos com o nosso interlocutor, podendo ser formal ou informal. Variações diacrônicas Como já foi dito, a língua é dinâmica e sofre transformações ao longo do...

O que é um texto? A primeira imagem que nos vem à mente ao pensarmos nessa pergunta seria um monte de palavras agrupadas em uma folha. Mas se nos aprofundarmos mais nesse assunto, teremos a conclusão de que um texto na verdade são pensamentos. Pensamentos tirados da teoria e postos em prática. Tudo parte de um pensamento humano, as invenções, a tecnologia, a literatura e, dentro disso, um texto. Por isso, quando lemos um texto ou um livro, muitas vezes, é fácil identificar o autor, pois ele expõe naquele "produto/processo" seus próprios pensamentos, sua essência. Para isso, ao criar um texto, seja ele verbal ou não verbal, procura-se se comunicar diretamente com o leitor de forma clara e planejada, e isto depende fundamentalmente da estrutura do texto. Partindo da ideia de que um texto possui começo, meio e fim, podemos analisar um gênero escrito (verbal). A introdução de uma dissertação, por exemplo (gênero textual muito comum na vida dos estudantes), tende a aprese...

Que eu possa respeitar opiniões diferentes da minha. Que eu possa me desculpar antes do ódio. Que eu possa escrever cartas de amor de repente. Que eu possa viajar para adorar a distância. Que eu possa voltar para dizer o que não tive coragem. Que eu pense em meu amor ao atravessar a rua. Que eu pense na rua ao atravessar o amor. Que eu dê conselhos sem condenar. Que eu possa tomar banho de cachoeira. Que eu seja a vontade de rir. Que eu possa chorar ao assistir filmes. Que eu não seduza para confundir. Que eu seduza para iluminar. Que eu não sacrifique a confiança pela covardia. Que eu tenha dúvidas, melhor do que certezas e falir com elas. Que eu faça amizades falando do tempo. Que eu possa brincar mais com meu filho sem contar as horas. Que eu possa amar mais sem contar as horas. Que eu use somente as palavras que tenham sentido. Que eu prove a comida nas panelas. Que transforme a raiva em vontade de me entender. Que eu possa soltar os vaga-lumes que prendi em potes. Que eu me lembre...

Conhecimento Iluminista, criacionista Enciclopedista, empirista Armazenista, canonista Biblista, behaviorista Anatomista, cientista Positivista, maquinista Trabalhista, abolicionista Vanguardista, modernista Marxista, economista Sofista, persuasivista Despotista, vigarista Mitologista Meu alienista alienado De uma caverna platônica qualquer O poema tem sua essência moldada usando relações entre palavras, apoiando-se na vanguarda europeia cubista; um traço a ser observado seria a repetição do som “ista”, esta repetição é propagada por todo corpo do texto, como parte de sua estrutura, levantando a questão do conhecimento ser algo que ecoa. Nós, estudantes universitários, buscamos um saber, o qual será reproduzido como parte de um círculo, que eu, não apartada do mundo, aprendo cotidianamente sobre política, arte, trabalho, economia, pessoas e etc... Neste ponto, até a educação tem seus pareceres rotat...

No começo do semestre, o professor Adilson Oliveira fez a seguinte proposta: cada aluno do primeiro semestre deveria criar um poema sobre o tema "conhecimento" para o concurso de poesia do Sarau. A seguir estão os poemas do nosso grupo: "A cobrança veio E a dúvida, também Crescer, conhecer, escolher, aprender Escolher o que se quer mais conhecer E aprender Será que vale? Um dia... Será útil? Valerá Será sim Se a sabedoria crescer ao lado Daquilo que aprendi" - Por Angelica dos Santos. "Te conheço Conheço tudo  Menos meu próprio eu Conheço aq uela moça bonita que passa a cantarolar. Conheço aquela criança que para o céu olha sem piscar Mas eu?  Não! Prefiro nem conhecer. Conheço aquele homem fortemente a trabalhar  Para sua família alimentar Conheço tudo!  Mas não me importo de ter conhecimento do meu próprio eu!" - Por Gislaine Nascimento. "Conhecimento Iluminista, criacionista Enciclopedista, empiris...

 A palavra conhecimento tem origem etimológica no latim romano antigo, proveniente de "cognoscere", um termo que pode ser vertido como "ato de conhecer", e conhecer por sua vez é cognitivamente assimilar informações as tornando conhecidas.  O nível de compreensão do homem está atado à sua vivência; neste contexto que se insere  o conhecimento empírico, tido como conhecimento vulgar. Entretanto, ignora-se o fato de terem sido os fazeres empíricos os geradores dos conhecimentos pelos quais se atribuem mais erudição, tais como o científico e o filosófico.  Pergunto-me, o que seria dos campos citados acima sem o aparato da experienciação posta no senso comum?  O conhecimento empírico é a sabedoria captada da forma mais intrínseca no ser humano, e é diariamente alimentado involuntariamente. Partindo do pressuposto que o ato de conhecer está relacionado a nossa realidade, como não conceber o conhecimento de mundo considerando-...

A Educação Escolar no Brasil, o que é educação, o sistema educacional no Brasil, o desinteresse dos alunos pela educação, a preparação dos alunos de maneira correta. Educação é transmissão, por isso Albert Einstein disse: “A Educação é o que sobra depois de ter esquecido tudo o que se aprendeu na escola”. (citado por Seber, pág.09 /1996). O Sistema Educacional hoje no Brasil é muito defasado, não atende mais as necessidades dos alunos. Para começar a Escola iguala todos os alunos, ela não procura saber a realidade e o nível de aprendizagem de cada um. O ambiente escolar não proporciona uma aprendizagem significativa e esquece que cada aluno é um mundo a ser descoberto e explorado. “Esperávamos que no século XXI os jovens fossem solidários, empreendedores e amassem a arte de pensar. Mas muitos vivem alienados, não pensam no futuro, não têm garra e projetos de vida.Professores e Alunos vivem juntos durante anos dentro da sala de aula, mas são estranhos uns para os outros. Eles se esc...

Muitas vezes, as pessoas ficam estagnadas no conceito de educação escolar, ou seja, a educação formal, que acontece em salas de aula com objetivos como preparação para vestibulares ou qualificação profissional. No entanto, essa não é a única forma de educação existente. Pode-se definir educação como um processo de desenvolvimento das potencialidades de um indivíduo. É o desenvolvimento das habilidades mentais e físicas para que o indivíduo seja capaz de adequar-se às mais diversas situações sociais e formar sua própria opinião acerca dos mais diversos assuntos. Esse processo não evolve apenas professor e aluno em sala de aula, envolve todos que se encontram no círculo social do indivíduo em questão, sejam familiares, amigos etc. A relação professor-aluno é uma das diversas educações existentes no mundo. A educação sendo entendida como processo contínuo e que não aceita delimitações espaciais permite dizer que ela acontece em todos os lugares, das formas mais variadas e com os ma...

Enquanto estava no Ensino Médio, eu tinha pouca noção de como era uma faculdade, para que ela servia, como entrar e todas essas coisas. A escola colocava uma grande pressão sobre os alunos para conseguir entrar em uma universidade. E essa pressão não ajudava em nada, só deixava os alunos cada vez mais ansiosos e preocupados com vestibulares e a escolha do curso. Assim que entrei na faculdade, eu ainda não tinha noção de como era o funcionamento das coisas, as provas, os conteúdos, as notas e tudo mais. Mas o mais importante: eu ainda não tinha noção de para que ela servia. Agora, depois de alguns meses estudando, aprendendo e relacionando continuamente o que é visto em sala de aula com o que é visto fora, consigo entender um pouco melhor. Conversando com as pessoas, há dois pontos de vista predominantes: primeiro, é um diferencial para o mercado de trabalho, é uma forma de comprovar que a pessoa tem o conhecimento teórico necessário para determinada vaga; segundo, é uma forma ...

Somos um grupo de cinco universitárias, cursando letras, na Universidade Paulista. Como vocês devem imaginar, o curso é repleto de muita leitura, escrita, mais leitura, um pouco mais de escrita, algumas horas lendo e tentando responder exercícios... e alguns trabalhos durante o semestre. Dentre nossas matérias, temos uma que se chama Teorias do Texto. Nela, aprendemos a desconstruir um pouco do que nos foi ensinado durante quase uma vida. Essas aulas são ministradas por nosso professor Adilson Oliveira, que é um dos motivos de sermos encantadas pelo curso. Nesses quase quatro meses de aprendizagem, notamos que alguns preconceitos (como o de dar mais importância à norma culta como padrão) vão se diluindo, se modificando. Aprendemos talvez, até a respeitar mais as diferentes formas de comunicação, afinal, o que importa é que consigamos nos entender, certo? Claro, que como “letrandas”, nosso objetivo é tornar a comunicação a mais clara e coerente possível. Com orie...