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Análise do poema

Conhecimento



Iluminista, criacionista
Enciclopedista, empirista
Armazenista, canonista
Biblista, behaviorista
Anatomista, cientista
Positivista, maquinista
Trabalhista, abolicionista

Vanguardista, modernista
Marxista, economista
Sofista, persuasivista
Despotista, vigarista
Mitologista
Meu alienista alienado


De uma caverna platônica qualquer

O poema tem sua essência moldada usando relações entre palavras, apoiando-se na vanguarda europeia cubista; um traço a ser observado seria a repetição do som “ista”, esta repetição é propagada por todo corpo do texto, como parte de sua estrutura, levantando a questão do conhecimento ser algo que ecoa.

Nós, estudantes universitários, buscamos um saber, o qual será reproduzido como parte de um círculo, que eu, não apartada do mundo, aprendo cotidianamente sobre política, arte, trabalho, economia, pessoas e etc...

Neste ponto, até a educação tem seus pareceres rotativos, similarmente a dialética.

O conhecimento é luz para a Idade das Trevas, dá-nos vida, seja ele armazenado, estruturado, novo ou antigo. Confere-nos noções críticas, religiosas, éticas e a capacidade de dominação, apenas por intermédio de seu uso.


O conhecimento nos engaja, mas também aliena, assim como o mito da caverna; o conhecimento pode ser nobre, mas também marginal. Dentro dele cabem todas as coisas. Ele pode ser tudo e nada ao mesmo tempo.

- Texto por Inayê Chaves.

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