Pular para o conteúdo principal

Pensamentos impressos

O que é um texto? A primeira imagem que nos vem à mente ao pensarmos nessa pergunta seria um monte de palavras agrupadas em uma folha. Mas se nos aprofundarmos mais nesse assunto, teremos a conclusão de que um texto na verdade são pensamentos. Pensamentos tirados da teoria e postos em prática.

Tudo parte de um pensamento humano, as invenções, a tecnologia, a literatura e, dentro disso, um texto. Por isso, quando lemos um texto ou um livro, muitas vezes, é fácil identificar o autor, pois ele expõe naquele "produto/processo" seus próprios pensamentos, sua essência. Para isso, ao criar um texto, seja ele verbal ou não verbal, procura-se se comunicar diretamente com o leitor de forma clara e planejada, e isto depende fundamentalmente da estrutura do texto.

Partindo da ideia de que um texto possui começo, meio e fim, podemos analisar um gênero escrito (verbal). A introdução de uma dissertação, por exemplo (gênero textual muito comum na vida dos estudantes), tende a apresentar e contextualizar o assunto de forma objetiva e que de algum modo, desperte o interesse do leitor o fazendo querer continuar a leitura. Já o desenvolvimento preenche a maioria do texto, pois é nessa parte que o autor expõe de fato suas ideias, as discute, as defende e as explica. Desenvolver o conteúdo desejado hoje pode ser uma das maiores dificuldades de um autor, pois é a construção de seu conceito que guia o leitor até a parte mais importante do texto, a conclusão, em que o autor retoma ideias distribuídas no decorrer do texto de forma arrojada sustentando e complementando o que foi dito anteriormente.

Já em um texto não verbal, a comunicação não é feita com palavras ou fala, pode ocorrer através de gestos, cores, placas, entre outros. A linguagem não verbal não necessita de palavras pois conseguimos compreendê-la sem a presença delas. Pensando em uma placa representada por um cigarro aceso com uma tarja de proibição por exemplo, não está escrito "é proibido fumar neste local", mas entendemos da mesma forma por conta do nosso conhecimento de mundo.

Um texto possibilita a comunicação de diversas maneiras. Ele está presente em todos os lugares, inclusive dentro de nós, em nossos pensamentos, prontos para serem impressos.


- Texto por Angelica dos Santos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise do poema "Amar!" de Florbela Espanca

O poema  Amar! , da escritora portuguesa Florbela Espanca, é composto por duas quadras e dois tercetos, o que o faz ser um soneto e possui dez sílabas métricas.  O tema central do poema é o amor, descrito como algo extraordinário que agrega intensidade a vida; nele o eu lírico trata do que é amar, e vai cada vez para um âmbito mais subjetivo com suas experiências e como o amor deve ser vivenciado sem restrições, ou estar ligado a um alguém específico.   O esquema rimático segue como ABAB na primeira estrofe, ABBA na segunda, CCD e EED na terceira e quarta estrofe, compostas por rima rica nas duas primeiras estrofes.  Na primeira estrofe o amor é escrito de um jeito passional, como uma necessidade e um anseio.   A segunda estrofe reforça o tema ao passo que reflete nesse sentimento como sendo essencial, independente do que venha a causar Amar! Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: Aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro ...

Análise de "Mariana e Chamilly" de Adília Lopes

Mariana e Chamilly Quando partires se partires terei saudades e quado ficares se ficares terei saudades Terei sempre saudades e gosto assim Adília Lopes, in 'Caderno'. O poema foi publicado no livro Caderno , de 2007, e possui intertextualidade com outras obras da própria Adília Lopes, como O Marquês de Chamilly (1987) e O Regresso de Chamilly (2000), que apresentam o mesmo marquês do título, e com a obra As Cartas Portuguesas  (1669). As Cartas Portuguesas  é um livro que inicialmente foi publicado em francês e possui cinco cartas de amor escritas por uma freira, Soror Mariana Alcoforado, para seu amado, o marquês de Chamilly. As cartas mostram um grande amor por parte de Mariana que sofre com a distância do amado, no decorrer das cartas, o tom de esperança vai se perdendo e ela pede por respostas maiores e mais afetuosas do marquês que não a correspondia igualmente. O poema de Adília apresenta no título as mesmas personagens de  As ...

Adília Lopes

Adília Lopes foi o pseudônimo adotado pela poetisa de nome Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, nascida em Lisboa, Portugal.  Além de escrever poesias, Adilia ocupou-se também em escrever crônicas e traduzir; dentre suas maiores influências estão nomes como Nuno Bragança, Emily Brontë e outra poetisa portuguesa, Sofia de Mello Breyner. Adília deixou os estudos enquanto cursava licenciatura em Física na Universidade de Lisboa, devido a conselhos médicos que a alertaram sobre seu quadro de psicose esquizoafetiva, uma doença que implica em sintomas de esquizofrenia e variação de humor. Nesse mesmo período ela começa a escrever obras com o propósito de publica-las. Seu pseudônimo surge em 1983, quando um amigo a sugeriu o nome afim de que concorresse a um prêmio de prosa e ficasse conhecida. Em 1983 a autora regressa a Universidade de Lisboa, mas dessa vez cursando Linguística Portuguesa e Francesa, na faculdade de Letras; concomitantemente a essa momento, ela pú...